As nossas vinhas partilham o seu espaço com a flora natural do Douro. Na primavera, os socalcos cobrem-se de flores silvestres como lavanda, estevas, anis, alecrim, tomilho, poejo, papoilas ver- melhas e cravina. Mobilizamos o solo a cada seis anos, e aumentando o teor de matéria orgânica do solo ao espalhar o nosso bagaço seco entre as vinhas. O nosso processo permite que as uvas amadureçam num solo equilibrado e natural. Uma variedade de terroirs virados a norte, leste e oeste e variando em elevação entre 90m e 200m dão à vinha um perfil de maturação complexo. Os vários talhões da vinha foram plantados e enxertados no campo entre 1920 e 1948, e as videiras de baixo rendimento, que acreditamos serem algumas das mais velhas cultivadas na DOC mais antiga do mundo, ainda perduram nos socalcos de pedra originais, construídos à mão nas ín- gremes encostas de xisto. As videiras mais antigas são podadas em forma baixa – ao estilo Gobo- let – a talão, e a dois olhos. Uma mistura tradicional de variedades do Douro foi replantada em 2014, nos nossos socalcos mais elevados, mantendo uma densidade de plantação de 5.000 videi- ras por hectare em alguns setores.
O que torna o nosso vinho tão fascinante é a sua capacidade única de espelhar a sua alma e ori- gens: “terroir numa garrafa”. A qualidade de cada colheita sucessiva começa, em grande medida, com o cuidado sazonal e a atenção dada às vinhas. O trabalho de campo anual é feito à mão por um pequeno grupo de trabalhadores experientes que regressam a cada ano para cuidar das nos- sas vinhas. Esta continuidade é vital na manutenção de um alto nível de viticultura.
O abrolhamento ocorre normalmente em meados de março e a o pintor no final de maio/in- ício de junho. A colheita é feita no início de setembro. Toda a nossa fruta é colhida à mão em pequenas caixas ventiladas e é transportada para a adega e selecionada manualmente antes da pisa tradicional, nos nossos lagares de pedra de granito.
Os Nossos Vinhos